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Grupo Salvador Caetano alarga presença em África

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O grupo automóvel português, através da Salvador Caetano Africa, ganhou a representação e venda de modelos Renault em 7 países africanos com população total de cerca de 200 milhões de habitantes. Serão criados dois pólos de distribuição. Um deles ficará sediado em Moçambique, sendo responsável por desenvolver a marca nesse país, assim como na Zâmbia, Zimbabwe e Malawi. O segundo pólo terá a base no Quénia e, para além desse mercado, será também responsável pela implementação da Renault na Tanzânia e no Uganda.
"É nossa intenção iniciar vendas em Moçambique e no Quénia em Maio do próximo ano e na Zâmbia, Zimbabwe, e Tanzânia um mês mais tarde, ou seja, em Junho de 2014. A nossa presença no mercado do Malawi e Uganda terá lugar apenas em Janeiro de 2015." - refere Miguel Ramos, Administrador do Grupo Salvador Caetano. (LER MAIS)

ANÁLISE: Balanço do primeiro semestre de 2013. Vendas e produção em Portugal e na Europa. Tabelas marca a marca.

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Em contraciclo com os 27 estados que constituem a União Europeia, as vendas de automóveis ligeiros em Portugal, durante o primeiro semestre de 2013, cresceram timidamente: mais 2,1 por cento face a igual período de 2012, enquanto a nível europeu, durante o mesmo período, se registou uma quebra de 6,6 por cento. O crescimento português pode não representar uma retoma do sector de actividade e resultar apenas de um ano de 2012 realmente mau para as vendas de automóveis em Portugal, conjugado com uma situação temporária de renovação de frotas. Contudo, é um sinal de esperança para todos os agentes deste mercado, fortemente apostados em dinamizar vendas com campanhas realmente agressivas de oferta de equipamento, redução de preços e condições únicas de retoma. Tudo isto para ultrapassar as dificuldades de acesso ao crédito e a falta de condições económicas ou de confiança que continua a existir da parte de muitos potenciais clientes. (PROSSEGUIR PARA O BALANÇO COMPLETO DAS VENDAS AUTOMÓVEIS EM PORTUGAL NO PRIOMEIRO SEMESTYRE DE 2013)

APRESENTAÇÃO: Campanha especial Renault Clio GT

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Enquanto não chega ao mercado a nova geração de um dos modelos mais populares de sempre do construtor francês, o actual Renault Clio vai conhecendo derradeiras versões que juntam mais equipamento ao argumento do preço. A partir de 12.950€ para a berlina de 5 portas e de 13.490€ para a break (preço chave na mão), o Clio GT é uma proposta tentadora para os tempos de crise…

ENSAIO: Gama Mégane 1.5 dCi GT LINE EDC e caixa manual de seis velocidades

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Uma imagem mais desportiva e comportamento a condizer, mantendo os consumos comedidos, é ao que se propõe a gama GT Line. O que não é tarefa fácil! Para conseguir alcançar tal objectivo, a Renault associou-lhe, ainda por cima, uma transmissão automática de seis velocidades, sendo que as caixas automáticas são, por tradição, menos económicas.
O que não é o caso. Com esta caixa EDC ou uma outra manual de seis velocidades, a verdade é que a marca francesa apostou claramente na importância que a imagem tem na aceitação e no consequente sucesso de um produto. Por isso a designação diz quase tudo do que promete ser. Associado a um lote exclusivo de equipamento, com um “embrulho” visualmente apelativo e preços verdadeiramente sedutores, a linha está disponível nas carroçarias berlina, coupé e carrinha, baptizada “sport tourer”, nas motorizações diesel 1.5 dCi/110 cv e 1.4 TCe/130 cv a gasolina.
Aquilo que distingue os "GT Line" — e justifica os cerca de 900 euros a mais pedidos face à versão precedente — são as jantes especiais de 17 polegadas, os pára-choques desportivos, o difusor de ar traseiro, pormenores nos faróis, nos puxadores das portas e nas barras do tejadilho da carrinha, além de mais algum outro equipamento.
Interiormente, a gama propõe bancos dianteiros e volante desportivo, pedais de alumínio e um velocímetro analógico semelhante ao da versão RS, embora, neste caso, com o cinzento como cor de fundo.
Para assinalar a versão existem inserções da sigla "GT Line" nos bancos, em alumínio na soleira das portas, e ainda no tablier.
Para encher o olho e dar estilo...


Chassis desportivo


Estas são as impressões visuais oferecidas, embora existam outras diferenças mais importantes apenas perceptíveis para quem o conduz: o chassis foi rebaixado 12 mm, existe uma maior rigidez das molas da suspensão e com isto baixou também o centro de gravidade da barra estabilizadora. Tudo parte integrante do chassis Sport habitualmente utilizado apenas na carroçaria coupé, neste caso extensível às restantes configurações. Todas as versões são ainda equipadas com sensores de estacionamento traseiro e nivelamento automático dos faróis.


Caixa automática... para poupar!


A grande novidade é contudo a associação a uma nova transmissão automática com seis relações designada EDC (ver AQUI mais sobre o seu funcionamento). Exclusivo da versão 1.5 dCi (com 110 cv), alia a comodidade deste género de caixa à rapidez de uma manual convencional. Com o grande mérito de não prejudicar os consumos ou de, em consequência, fazer aumentar as emissões poluentes. A média é, segundo dados da Renault, de apenas 4,4 litros, e as 114 gr/km de emissão fazem-no merecer a sigla "eco2".
Em termos práticos, após o ensaio à versão coupé equipada com este género de caixa, os consumos ficaram claramente abaixo do que é habitual neste tipo de transmissão. O valor médio registado no computador de bordo situou-se abaixo dos seis litros, sem que em nenhum momento tivesse enveredado por uma condução comedida. Foi até inferior ao registado pela carrinha com transmissão manual (ler mais abaixo).
Vantajoso e agradável é ainda o facto de, com esta nova transmissão automática, a troca de relações ser praticamente imperceptível. Isso acontece graças a um sistema que "pré-engrena" a mudança seguinte, antecipando e adaptando-se ao tipo de condução do momento e, com isso, mantendo a fluidez do andamento ou conferindo uma resposta rápida e enérgica às solicitações do acelerador (ver mais AQUI).
Esta última capacidade é particularmente vantajosa quando se trata de encadear sequências de curvas rápidas ou se torna necessário responder com brusquidão a qualquer obstáculo imprevisto.
Para os mais saudosistas fica reservada a possibilidade de "matar saudades" com a função sequencial. Contudo, para dispor da caixa EDC há que acrescentar um valor que varia entre os 900 e os 1200 euros consoante as versões.



Gama vencedora


O Renault Mégane coupé é acentuadamente a versão mais desportiva da gama. Mas não será, provavelmente, nem a mais vistosa — característica reservada ao coupé-cabriolet —, nem a mais desejada pelos condutores portugueses.
A que mais tem contribuído para a boa aceitação da gama Mégane em Portugal é, desde o início, a carrinha. Sobretudo nesta geração, a Mégane Sport Tourer (ler mais pormenores AQUI) alia uma estrutura compacta a linhas que disfarçam o alongamento da carroçaria e contribuem para um visual bastante dinâmico.
Mas o sucesso da gama Mégane reside também num conjunto de outros factores que tornam este modelo bastante equilibrado e reforçam a desejada relação preço/qualidade. A juntar à imagem de marca que a Renault goza no nosso País, a qualidade de construção e dos materiais consegue agradar visualmente, a disponibilidade de motores e opções é vasta e a habitabilidade não desilude.
Claro que esta última característica não é exactamente a que melhor define o coupé. Embora, para o fim a que se destina, consiga mesmo assim proporcionar dois lugares aceitáveis se os seus ocupantes não forem muito altos e tenham agilidade suficiente para se esgueirarem. Apesar disso, o Mégane coupé tem legalmente lotação para 5 e proporciona uma capacidade de mala nada despiciente para a forma: 337 litros.



Mais espaço e uma imagem reforçada


A carrinha é, como se disse, a versão mais desejada e procurada pelos portugueses. Nesta gama GT Line a imagem sai reforçada pela limpidez das linhas e pelas imponentes jantes que fazem parte da linha, mas todo o conjunto beneficiou com o conjunto de alterações que tornaram o chassis mais desportivo.
Com maior rigidez torcional e ainda uma maior aderência à estrada, a carrinha Renault Mégane permite uma condução quase desportiva. “Quase” porque se é verdade que de um motor diesel de apenas 1,5 litros não se pode esperar muito mais, a verdade é que ele é bastante generoso em termos de binário. E a caixa manual de seis velocidades de que dispunha modelo ensaiado mostrava saber muito bem retirar partido desse facto.
Se na versão coupé a afinação do chassis tinha mais interesse em termos dinâmicos e comportamentais, na carrinha, até pelas características mais familiares, importava perceber até que ponto isso comprometerá o conforto. É um facto que passagem sobre as irregularidades do piso passou a ser mais perceptível, mas essa menor filtragem não prejudicou grandemente a comodidade dos ocupantes, nem trouxe mais ruído ao habitáculo.
Os consumos médios ao longo do ensaio foram variando entre os 6,2 e os 6,6 litros, consoante o tipo de condução e as circunstâncias de tráfego.




Maior distância entre eixos 


Sem variações de espaço ou funcionalidade no que toca às restantes versões já anteriormente ensaiadas (ver AQUI mais a versão de cinco portas e AQUI o resultado de um ensaio anterior feito à carrinha), resta acrescentar que a carrinha Mégane é naturalmente a que proporciona uma maior habitabilidade. Para tanto ajuda o facto de ser a carroçaria mais longa e a que dispõe de uma maior distância entre eixos. Ora se com isso os ocupantes do banco traseiro beneficiam de mais espaço, é na capacidade da mala que mais se evidenciam as diferenças. A Mégane Sport Tourer oferece 524 litros e o rebatimento do encosto dos bancos traseiros ficou mais facilitado, a partir desta área, graças à existência de puxadores que os libertam. São ainda possíveis várias formas de aproveitamento de espaço e compartimentação de objectos, resultando num piso traseiro praticamente plano no caso do rebatimento total dos bancos.


 

ENSAIO: Renault Clio dCi/85 98g

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O Renault Clio 98g, uma versão lançada em meados do ano passado, contém uma série de pequenas alterações com vista a garantir emissões poluentes abaixo dos 100 g/km. Criada especificamente para alguns mercados europeus onde, por via do nível de emissões, um conjunto de vantagens fiscais torna o seu preço bastante competitivo face ao equipamento proposto de série.

Caixas de velocidades automáticas: EDC da Renault

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O desenvolvimento de novos tipos de caixa de velocidade, com resposta mais rápida e capazes de permitir consumos moderados (o que não acontecia), tem feito crescer a sua aceitação em todos os segmentos do mercado automóvel.
Para isso muito contribuíram os avanços da electrónica, ao permitir uma gestão mais eficaz e adaptativa ao tipo de andamento imprimido pelo condutor em determinado momento. Mas também por uma nova mentalidade do consumidor, que vê nesta a forma mais fácil e mais cómoda de conduzir, sobretudo em cidade.

Distantes vão os tempos em que, num automóvel com caixa de velocidades automática, se percebia claramente a troca de relação da caixa. Algo que hoje é praticamente imperceptível, tornando o andamento praticamente linear. Trazendo ainda vantagens adicionais, como é o caso da ajuda ao arranque em declive que facilita o chamado “ponto de embraiagem”.
O tipo de transmissão que se segue é o mais recente sistema do construtor francês Renault e equipa a gama GT Line do Mégane (ver AQUI mais). Pela sua especificidade, a explicação do funcionamento é baseada num documento difundido pela própria marca.


EDC – Efficient Dual Clutch


Proveniente da tecnologia de dupla embraiagem, Efficient Dual Clutch, a nova caixa de velocidades automática EDC associa-se à família Renault Mégane e Scénic nas versões Diesel dCi 110.
O mercado da caixa de velocidades automática em pleno crescimento, graças à multiplicação de novas tecnologias (CVA, robotizada, CVT, de dupla embraiagem, etc.) e esta nova caixa automática EDC, de dupla embraiagem, proporciona o conforto de uma caixa automática à sobriedade e a reactividade de uma caixa de velocidades manual.
Uma dupla embraiagem seca limita as fricções parasitas e aumenta o seu rendimento. Accionadores eléctricos, económicos em energia, controlados pelo calculador e leis de mudanças de velocidades optimizadas, permitem uma subida rápida das velocidades, para controlar o consumo e emissões de CO2.
Deste modo acontece uma mudança com binário baixo, sem solavancos, adaptada a cada estilo de condução. Para um desempenho e uma serenidade em todas as circunstâncias, nomeadamente em engarrafamentos ou durante manobras delicadas como o estacionamento, por exemplo, a ajuda ao arranque em subidas imobiliza, durante breves segundos, o veículo antes da aceleração.
O modo sequencial permite ao condutor assumir um comando sequencial da caixa de velocidades. Existe um rapidez da mudança de velocidades, da ordem dos 290 milisegundos.




A caixa EDC é uma caixa de velocidades automática de dupla embraiagem, associação entre duas meias caixas de velocidades paralelas. Cada meia caixa foi criada como uma caixa de velocidades manual tradicional. O binário do motor é transmitido a cada meia caixa através de uma embraiagem específica:
- Uma embraiagem ligada às mudanças de velocidades pares (2/4/6/marcha-atrás)
- Uma segunda embraiagem ligada às mudanças de velocidades ímpares (1/3/5).
Na prática isso resulta que, no momento oportuno, a mudança de velocidades é efectuada, passando de uma embraiagem para a outra. A primeira embraiagem abre, enquanto que a segunda se fecha em simultâneo, permitindo ter uma tracção contínua e sem solavancos durante a mudança de velocidades (dita passagem “com binário baixo”).






Em resumo, a nova caixa EDC propõe as seguintes funcionalidades:
- Um modo automático com gestão autónoma das mudanças de velocidade
- Um modo sequencial com selecção “manual” das velocidades, através do comando “+” e “-”
- Função «hill holder»: O veículo avança lentamente quando o condutor liberta o pedal do travão, quando estiver engatada uma mudança. Além disso, as versões equipadas com caixa EDC possuem uma função de ponto de embraiagem automático, que mantém o carro imobilizado em subida até que o condutor acelere para iniciar a marcha.


Renault Mégane Coupe-Cabriolet TCe 130cv

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Um descapotável indiferente à chuva e ao frio


ATÉ MESMO NUMA ALTURA em que o Verão parece ter feito as malas para partir para outras bandas, com a chuva e o frio instalados para mais uma temporada, é sobretudo por causa destes últimos que este carro mantém o interesse. Porque se o sol e o bom tempo nos fazem apetecer sentir os cabelos ao vento quando recolhemos o tejadilho à zona da mala, o desencadear mais ou menos súbito de uma qualquer intempérie também não assusta: segundo o construtor, 22 segundos são suficientes para voltar a colocar a capota e fechar em simultâneo os quatro vidros. Para tanto basta pressionar um botão situado entre os bancos, acompanhar a evolução do processo no painel de bordo e... "voilá": aí temos um elegante mas nem por isso muito bonito modelo coupé.


NÃO É BONITO? Bem. Gostos não se discutem. Apesar de possuir um tejadilho em vidro para poder continuar a apreciar as estrelas ou os pingos de chuva de forma mais abrigada, não consigo gostar do resultado sobretudo quando visto a partir de um ângulo traseiro. Ainda que um jogo de cores entre a carroçaria e o conjunto articulado do tejadilho procurem atenuar o efeito "bolha" que se cria com a capota no lugar. O "mal" é generalizado a muitos carros deste tipo. Contudo reconheça-se que sem este apêndice o Renault Mégane Cabrio apresenta uma beleza intemporal que recorda alguns fantásticos descapotáveis de outrora.

Deflector entre os encostos
de cabeça e cobertura
dos lugares traseiros
DESCAPOTÁVEL. Uma das dores de cabeça que os técnicos geralmente têm quando desenvolvem uma versão cabrio é o efeito que a deslocação do vento provoca sobre a carroçaria. Em termos de estabilidade mas igualmente de conforto, nomeadamente acústico. Conduzir um descapotável é muito giro mas ninguém tem vontade de sair de um com insectos colados na cara ou a caminho da farmácia por causa de uma otite. Não há volta a dar; ou se conduz com tempo aproveitando as vistas e desfrutando da inolvidável sensação de andar de cabelos ao vento ou se fecham os quatro vidros e se faz uma figura que nem por isso é a melhor. Apesar do pequeníssimo deflector entre os apoios de cabeça traseiros ajudar a reduzir a turbulência e o comportamento do carro não sofrer muito pela acção desencontrada do vento.

ESPAÇO. Outra questão geralmente associada aos modelos Cabrio/Coupe (CC). O tejadilho e o sistema mecânico de dobragem necessitam de espaço para se recolherem e vão buscá-lo à parte traseira do habitáculo e à mala. Vamos a valores. A capacidade da bagageira varia entre os 211 e os 417 litros, neste caso menos do que a versão anterior. O espaço para os dois ocupantes traseiros é reduzido, menos ainda do que o Mégane coupé, com um assento que afunda os dois únicos passageiros para os abrigar do vento. Resulta confortável mas diminui a lotação e não sobra muito para colocar as pernas. Para quem encarar o Mégane CC como um veículo de dois ocupantes, existe na mala um acessório (dobrável) para cobrir dos lugares traseiros, gerando desse modo um espaço suplementar para bagagens e reduzindo o efeito do vento.

30 MIL EUROS. É um bom preço para um carro com estas características. Além de envolver mais tecnologia no seu fabrico, é necessariamente produzido em menores quantidades e a exclusividade paga-se. Claro que este valor é para a versão a gasolina 1.4 de 130 cv (!). Quem desejar maior economia de consumos (1.5 dCI/110 cv) terá que desembolsar mais 5 mil euros. Estas são as duas únicas motorizações disponíveis em Portugal. Outros mercados conhecem versões mais potentes, tanto com motores a gasolina como a gasóleo.
Cinjamo-nos a factos e a dados. Uma caixa manual de seis velocidades bem desmultiplicada não impediu que o consumo médio da versão ensaiada ficasse acima dos 9 litros. 130 cv são possíveis de atingir graças à sobrealimentação e a uma gestão bastante eficaz da alimentação, assegurando que um bloco de somente 1,4 litros consiga alcançar um binário elevado (190 Nm/2250 Nm) e proporcionar valores de aceleração acima do esperado. É que esta versão do Mégane ganhou peso com o tejadilho em vidro (cerca de mais 100 kg) e, por causa disso, teve que endurecer a suspensão. Não se perdeu muito em conforto, ganhando-se, em contrapartida, a eficácia necessária em face de valores diferentes de rigidez torsional do conjunto. É um carro fácil de conduzir contando com as habituais ajudas fornecidas pelo construtor francês: "cartão mãos livres", travão de mão automático e a versão diesel conta ainda a possibilidade de uma caixa de velocidades automática sequencial, um equipamento que analisaremos em breve numa outra versão.

PREÇO, desde 29500 euros (s/D.A. e T.) MOTOR, 1397 cc, 130 cv às 5500 rpm., 190 Nm às 2250 rpm, 16 V., turbo com função overpower CONSUMOS, 10/5,8/7,3 l (cidade/estrada/combinado) EMISSÕES CO2, 169 g/km

Renault GrandScénic 1.9 dCi 130cv (7 lugares)

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O triunfo da versatilidade

Apesar de não se tratar propriamente de uma novidade, o Scénic continua a ser bastante popular na sua classe. O motor 1.9 dCi para a versão de 7 lugares vem dar mais força a essa dinâmica.

Um dos feitos atribuídos à Renault foi ter sido a primeira marca europeia a apostar nos monovolumes, até à altura um segmento praticamente presente só no mercado americano. O sucesso do Espace foi tão grande que levou ao lançamento, na primeira geração Mégane, de uma versão monovolume, reinventando o conceito numa dimensão mais compacta.
Várias gerações depois, o Scénic continua a granjear o mesmo sucesso. Ganhou até identidade própria. Grande parte da sua popularidade deve-o ao motor 1.5 dCI que, entre outras virtudes, permite um preço concorrencial em mercados onde a cilindrada é factor de agravamento do preço.



Mais poder dinâmico
Apesar de competente, a realidade é que há alturas em que os seus 110 cv de potência parecem "curtos", nomeadamente quando aplicado à carroçaria de 7 lugares. Foi para satisfazer clientes mais exigentes, que a Renault introduziu em Portugal esta nova variante equipada com a unidade 1.9 dCi onde, independentemente dos 130 cv que reclama, é o binário quem mais ordena. E este não engana: é não só superior (300 Nm face a 240 da unidade 1.5 dCi), como chega mais cedo, bastante antes das 2000 r.p.m.
Ora este factor é por si suficiente para tornar mais agradável a sua condução, sobretudo em cidade onde são mais usuais as constantes movimentações com a caixa de velocidade.
Um motor mais potente e redondo tem igualmente reflexos no consumo. Apesar dos números indicados pela marca francesa apontarem para o contrário, vai tudo depender da condução praticada. Nomeadamente o número de quilómetros feitos em cidade ou em estrada.

Carácter prático
Outro factor apontado como responsável pelo sucesso do Renault Scénic é a condução fácil apesar da volumetria que permite a versatilidade do interior. O habitabilidade, os variados espaços disponíveis para objectos mais pessoais (sob o piso, longe de olhares indiscretos, ou mais “à mão” dos ocupantes) e ainda outras funcionalidades (abertura das portas e ignição sem chave, travão de mão automático que facilita o arranque e 2 lugares extras inteligentemente escamoteáveis quem deixam plano o piso da mala), fazem do Scénic um dos veículos mais práticos que existe.
Posicionamento comercial
Assim a carteira o permita, é possível enriquecê-lo com mais alguns extras, entre eles uma câmara para ajuda no estacionamento traseiro (+ €600) ou sistema de navegação integrado (+ €480), por exemplo. De série o cliente pode contar com um carro confortável, tanto na envolvência transmitida em andamento, como no isolamento acústico. Com um preço, em média, €4000 superior à versão com o motor 1.5 dCi, este modelo é, apesar de tudo, cerca de €7000 mais barato do que o 2.0 dCi. Embora este último seja encarecido pela presença de uma caixa de velocidades automática, em vez de uma de seis manual.
PREÇO, desde 36000 euros MOTOR, 1870 cc, 130 cv às 3750 r.p.m., 300 Nm às 1750, turbo de geometria variável, 8 válvulas(!), injecção common rail CONSUMOS, 6,8/5,0/5,6 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 149 g/km

Renault Fluence Exclusive 1.5 dCi 105cv (Eco2)

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É a velha questão em torno da ideia "baralhar para dar (criar) de novo". Nisso a marca francesa não pára de surpreender. Bem vistas as coisas, não é a única a servir-se da artimanha: construir uma "novidade" a partir do que já há, embora com características que o fazem imiscuir-se entre outros modelos.

Lá vai o tempo em que os segmentos eram, por assim dizer, estanques. Havia os citadinos ou utilitários, os da classe média e por aí fora. Cada um recebia a sua designação, declinando a partir daí em versões de 2, 4, mais raramente 5 portas, carrinhas (sim, ainda se chamavam "carrinhas"), descapotáveis e num ou noutro caso uma "pick-up" destinada a fins profissionais.
Com esta nota introdutória — que se calhar deveria ter começado com um "no meu tempo..." —, quis explicar que o Fluence poderia ser muito simplesmente a versão "sedan" ou o "4 portas" da gama Mégane. Podia. Mas não é!


É ou não é?


Não é porque, segundo o construtor, embora partilhe mecânica e grande parte dos interiores, apresenta alguns aspectos exteriores que o distinguem além do nome; à frente e, claro está, atrás com o prolongamento da zona da mala. Tão só.
Mas vamos por partes. É um facto que a secção dianteira apresenta maior ligeireza das linhas. Mas isso tanto pode destinar-se a gerar maior fluidez aerodinâmica, relacionado com o facto do construtor vir em breve comercializar uma versão inteiramente eléctrica do modelo (Renault Fluence Z.E. - Zero Emissões), como dar-lhe uma silhueta mais clássica e mais sóbria, geralmente mais do agrado de alguns clientes de modelos da classe superior ao Fluence.
Não só isso resulta como explica uma nova designação. Afinal, "marketing obligé"!


Ideia luminosa


"Fluence", foi um "concept-car" que um dia deu lugar ao Renault Laguna Coupe. Agora é uma versão própria, com bom espaço interior e uma mala que supera os 500 litros de capacidade. Aqui alberga um pneu de emergência e lastima-se o uso de dobradiças em arco, capazes que porem em causa a integridade da carga quando a tampa da mala se fecha.
O habitáculo tem bons acessos. É suficientemente luminoso e só não proporciona melhor visibilidade porque a traseira é elevada e possui encostos de cabeça proeminentes.
As semelhanças com a restante gama Mégane são mais do que evidentes, com a ressalva dos mostradores serem clássicos de agulha e não digitais. Os revestimentos superiores são suaves e a aparência qualitativa é boa, embora algumas partes menos evidentes apresentem plásticos de qualidade mediana. Pequenos espaços em número suficiente e habitabilidade do banco traseiro algo condicionada em altura devido
à forma do tejadilho.


Caixa de seis


Falar sobre este motor e evitar ser repetitivo começa a ser difícil, tal é a diversidade de modelos que o utiliza. Este 1.5 dCi com caixa de seis velocidades cumpre os objectivos em estrada e em cidade; é económico o que lhe confere baixas emissões e, apesar de ruidoso, uma boa insonorização "abafa-lhe" o trabalhar. É ainda suficientemente despachado, mesmo com a lotação máxima, embora quando enfrenta lombas ou lhe é pedida maior capacidade de tracção, sobrevenha a limitação
própria de um motor que vive muito do desempenho do sistema de alimentação e do funcionamento do turbo.
Não me agradou a suspensão demasiado macia. Isso torna o Fluence mais sensível a qualquer variação do piso, sem grandes benefícios sobre o conforto dos ocupantes. A Renault quis construir um carro suave, que até se porta bem em estrada e é estável em velocidade, mas a afinação e pressão da suspensão obriga a abrir a trajectória em curva, enquanto que a traseira balança desnecessariamente em percursos mais
irregulares.


PREÇO, desde 26500 euros MOTOR, 1461 cc, 105 cv às 4000 r.p.m., 240 Nm às 2000 rpm, 8 válvulas, Injecção directa common rail com turbo de geometria variável CONSUMOS, 5,3/4,1/4,5 l (urbano/extra-urbano/misto)CO2, 119 (g/km)

Renault Clio GT 1.2 16v 75cv

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Questão de estilo

Foi "Carro do Ano" em 2006 e, como nas gerações anteriores, não demorou a impor-se. Conheceu versões novas, como uma carrinha. Em breve dará lugar a um novo modelo. O GT é uma das derradeiras versões

A carroçaria e um habitáculo jovem e moderno não lhe disfarçam a vocação. Pretende mostrar uma génese desportiva, herdada da Renault Sport, com um comportamento em estrada que se deseja capaz de entusiasmar. Mas, pelo menos nesta versão a gasolina de 75 cv, isso está longe de acontecer. A verdade é que existe uma outra, com 100 cv no mesmo motor 1.2, 1500 euros mais cara, mas com melhores prestações e até mais económica, segundo dados do fabricante.
Não nos precipitemos; tal não se deve ao desempenho da suspensão ou ao comportamento do conjunto, antes à falta de desenvoltura desta variante do motor, sem o pequeno turbo que permite um aumento temporário dos valores, e, por isso, menos aguerrida e com intuitos mais pacifistas. Ainda assim, dinâmica.

Ideal em cidade

Ao longo da vida desta que é a terceira geração Clio, foram-se-lhe sucedendo versões e actualizações estéticas. Intocável manteve-se a melhoria do espaço, sobretudo traseiro, face aos dois modelos anteriores. Insonorização bastante cuidada, qualidade de materiais a variar consoante a versão (mas de uma forma geral boa), é a melhor configuração dos bancos dianteiros que mais destaco na sua evolução. Mantém igualmente uma posição de condução acessível e simpática, bem como uma direcção assistida bastante leve, o que facilita as manobras.

Bem equipado

A suave e bem escalonada caixa de cinco velocidades, contribui para que se torne tão simpático conduzi-lo em cidade. Num andamento tranquilo, o comportamento acaba por se tornar neutro, disfarçando a sensaboria motriz. Ímpetos mais ousados pagam-se com consumos mais elevados: a média do ensaio rondou os 7,5 l.
Vale um equipamento particularmente extenso: duplo airbag incluindo, à frente, laterais de cabeça tipo cortina e anti-afundamento, ABS com repartidor electrónico de travagem EBV, faróis de nevoeiro, trancagem automática das portas, vidros dianteiros eléctricos, ar condicionado manual, rádio/CD/MP3 e jantes em liga de 15 polegadas entre outros.

PREÇO, desde 14500 euros MOTOR, 1149 cc, 75 cv às 5500 rpm., 105 Nm às 4250 rpm, 16 V. CONSUMOS, 7,6/4,9/5,9 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 139 g/km (combinado)

Um estilo e um preço irresistível a pensar nos jovens
O Novo Renault Clio GT 1.2 16v 75cv é a solução para os jovens portugueses que procuram um automóvel moderno, com uma imagem desportiva e um preço irrecusável, mas sem sacrifício do equipamento.
O Novo Renault Clio GT 1.2 16v 75cv está equipado de série com o sistema de som Radiosat CD com MP3, os faróis de nevoeiro, o ar condicionado, as jantes em liga leve, os vidros traseiros sobre escurecidos, entre muitos outros requisitos.
(excerto do comunicado de imprensa da Renault Portugal)

Dacia Logan pick up 1.5 dCi 70cv

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Questões práticas

Como esta proposta não há mais no mercado. Será motivo suficiente para ter sucesso? Ou falta-lhe algo mais do que o preço para que poder vingar em Portugal?

Preteridas, em parte, a favor da versatilidade, segurança e capacidade de alguns furgões comerciais, a oferta de "pick-up's" ligeiras, como esta Dacia, não é vasta. Para falar verdade, de semelhante, à venda em Portugal, encontro apenas a Fiat Strada, cujo preço, também com motor diesel, é praticamente 5000 mil euros mais elevado.
Para construir a pick-up, a marca romena, subsidiária da francesa Renault, partiu da base do Dacia Logan MCV, modelo já aqui analisado. Para tanto, reforçou e aumentou o curso da suspensão — passou a ter uma distância ao solo de cerca de 16 cm — e protegeu a parte inferior do motor.
A carroçaria fechada, encurtada aos dois lugares dianteiros, estende-se um pouco mais para trás destes, originando um espaço suplementar bastante útil para guardar, com segurança, duas malas de viagem ao alto, por exemplo.

Questão 1: Economia

Há apenas uma única versão, concebida para ser prática e económica.
Por isso despida de grande parte de equipamento de conforto: os vidros tem comando manual, só há airbag para o condutor e fecho centralizado, sem comando, somente a partir da porta do condutor. Tudo isto e ainda ar condicionado, faróis de nevoeiro ou rádio, entre outros, constituem opção.
O painel de bordo não sobre grandes alterações em relação ao MCV; ganha simplesmente um espaço extra no lugar do segundo airbag. Os materias, como então escrevi, são de qualidade económica, com algumas arestas em zonas inferiores, mas aparentemente robustos e, pela ausência de ruídos parasitas, fixos e encaixados de forma conveniente. Por falar em ruído, a insonorização não é o forte do Logan pick-up; o barulho do motor é uma constante.
O carácter prático passa também pelo uso de materiais de limpeza fácil e pela funcionalidade do interior. Refira-se que a economia inicial no uso de algumas soluções, destina-se também a ter reflexos na manutenção. Quer seja pelo custo das peças como na facilidade do conserto. Afinal, veículos como o Dacia destinam-se, em grande parte, a mercados emergentes, onde nem sempre existem grandes centros oficinais.

Questão 2: Capacidade

Isto abona a seu favor. Ou pelo menos deveria, o tempo encarregar-se-á de confirmar a sua robustez. À partida, temos um chassis reforçado e uma excelente mecânica de origem Renault, de onde provem também muito do equipamento como, por exemplo, o painel de instrumentos, oriundo de um anterior clio. Mas a jóia da coroa é, sem dúvida, o económico e competente motor 1.5, aqui numa variante de 70 cv, suficiente para as "encomendas".
Encomendas essas que pode transportar na sua vasta caixa de carga, fruto dos 2,9 metros que tem de distância entre os eixos. Chegámos, pois, ao ponto mais importante e que o distingue em relação aos restantes. Nesta área, com 1,8 m de comprimento e 1,36 de largura, o Logan pick up apresenta um volume útil de carga de 2,5 m3 e 800 kg de capacidade. A zona dispõe de 16 pontos de fixação (consoante as versões) para garantir um transporte seguro e um acesso à caixa facilitado por um taipal que suporta 300 kg. O tapete de carga é opção.

Questão 3: Condução

Com uma condução prática e até certo ponto cómoda para um veiculo que nasceu para ser um comercial, esta pick up é suficientemente desembaraçada em alturas de menos carga. Na falta de peso traseiro, a zona tende a "soltar-se" em curva, mas nada de preocupante e apenas consequência natural da afinação da suspensão, preparada para suportar maiores pressões. De resto, a elevada distância entre eixos faz com que apresente tendência para alargar a trajectória, recomendando também alguma cautela durante manobras mais "apertadas".

PREÇO, cerca de 11000 euros (9200 sem IVA) MOTOR, 1461 cc, 70 cv às 4000 r.p.m., 160 Nm às 1700 rpm, 8 V, Common Rail, turbo, CONSUMOS, 6,2/4,8/5,3 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 140 g/km de CO2

Aproveitamento comercial

Há uns anos, a checa Skoda fez sair, com algum sucesso, uma versão semelhante do Felícia que, graças a um artifício inteligente, "ganhava" 3 lugares extras traseiros. O modelo recolheu grande aceitação entre um público jovem e irreverente, a quem agradava a novidade, um estilo diferente e versátil, mas principalmente um preço acessível. Pintada com cores vistosas e contrastantes, Portugal acabaria por ser o país europeu onde se venderam mais modelos desta versão.
A Renault Portuguesa, importadora Dacia para o mercado nacional deveria aproveitar a ideia e criar uma versão igualmente apelativa e vincadamente direccionada para públicos-alvo. Como escrevi mais acima, a capacidade e versatilidade de alguns veículos com caixa traseira fechada versão Van, também existente na gama Logan), retira algum espaço comercial a estes carros, daí a oferta ser tão escassa no nosso país e até mesmo em grande parte da Europa. No entanto, para particulares, há "nichos" de mercado que talvez valha a pena explorar.
Uma boa base já existe. Agora há que conseguir moldá-la para obter resultados convincentes. O marketing encarregar-se-á do resto...

Renault Scénic 1.5 dCi/110 cv

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Independência tecnológica

Embora o anterior Renault Scénic tenha abandonado a designação Mégane, partilha com este familiar médio da marca francesa muito da sua mecânica. Não é por isso de todo errado continuar apreciá-lo como a versão monovolume de uma gama particularmente abrangente. Agora chegou a revolução à terceira geração!

Toque digital

A primeira imagem que se tem mal se roda a chave – ou assim que se carrega o botão de start, já que pode dispor do cartão que dispensa o uso desta para o motor e para as portas (300 €) –, é um ecrã inteiramente digital.


A melhor ideia que posso transmitir deste painel – que pode assumir diversas cores e configurações – é a de que parece o de um jogo de computador! Sem qualquer conteúdo pejorativo.
Nele se agrupa o velocímetro (que pode ficar tapado pela posição do volante), um conta-rotações, "de ponteiro", electrónico, indicadores de temperatura e combustível, sensores de estacionamento, informações do computador de bordo como médias e consumos e outras relativas ao sistema de áudio.
Grande parte destas funções pode ser controlada, como habitualmente, também através de comandos junto à coluna da direcção.


Funcionalidade

O que se espera de um monovolume, o Scénic oferece. Sempre foi dos que assegurou melhor conforto, apesar de não ser o maior. Mas o bom aproveitamento do espaço interior e os três bancos traseiros independentes, garantem-no a quem viaja nestes lugares. Estes correm longitudinalmente sobre calhas, fazendo variar o espaço da mala desde os 437 litros até um máximo de 1830 com o rebatimento total dos bancos. Tal como acontece no "Sport Tourer", cujo resultado ao ensaio está mais abaixo, o rebatimento do encosto do "pendura" permite o transporte de objectos com 2,55 metros.
Não se fica por aqui: entre os bancos dianteiros existe um compartimento amplo que, tal como o porta-luvas, pode ser refrigerado e espaços mais pequenos no piso. Há por fim os inevitáveis tabuleiros nas costas dos bancos, uma gaveta sob o banco e ganchos para fixação vertical de uma rede a separar a zona da mala.
Compacto nos seus 4,35 metros de comprimento, o Scénic tem efectivamente um bom aproveitamento do espaço interior. Não sendo o maior da classe, isso resulta a favor de uma maior capacidade de manobra.


Equipamento
Com uma qualidade interior ao nível da gama Mégane, o Scénic está equipado com um conjunto de ajudas electrónicas como o controlo de travagem, estabilidade e de tracção, estas últimas desligáveis. O que não é de todo aconselhável devido à configuração em altura do modelo e ao facto de, devido ao seu baixo peso e boa resposta do motor, ser capaz de um comportamento bastante ágil.
O exterior sugere isso mesmo, ao apresentar uma frente agressiva e dinâmica para um carro com características familiares. A altura ao solo não é muito elevada. As linhas arredondadas e fluidas, a forte inclinação do vidro dianteiro e a nova frente garantem-lhe ainda um excelente valor de penetração ao vento.
Tal como na carrinha, o carácter menos prático do sistema automático de climatização foi o que menos me agradou. Pode receber sistema de navegação "Carminat TomTom" com mapas gravados em cartão de memória SD, indicador dos limites de velocidade e posicionamento de radares fixos.
Traz ainda de série "travão de mão" automático e regulador de velocidade. Sensor de estacionamento com câmara traseira é opcional para 700 euros.

Consumos

Também pode receber uma versão menos potente do motor 1.5 dCi. Com uma diferença de preço que não chega a 2000 euros, não é difícil adivinhar qual a que reunirá maior preferência. A precisa e bem escalonada caixa de seis velocidades volta a ser decisiva para o correcto aproveitamento do binário disponível, ainda que, por obra e graça de um desempenho bastante despachado capaz de superar as expectativas mais optimistas, os consumos possam ultrapassar, em muito, os indicados pelo construtor.
Esteticamente atraente e com uma estrutura compacta capaz de assegurar boa capacidade de manobra em cidade, o Scénic ganha largamente à carrinha no capítulo da habitabilidade. Apesar de tudo, a Sport Tourer oferece um estilo e um comportamento mais dinâmico, sem perder muito das características que se querem num familiar. Mais discreta mas não menos apelativa, tem também, a seu favor, um diferencial de cerca de 3000 euros.

PREÇO, desde 29000 euros MOTOR, 1461 cc, 110 cv às 4000 r.p.m., 240 Nm às 2000, turbo de geometria variável, 8 válvulas(!), injecção common rail CONSUMOS, 6,1/4,6/5,2 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 135 g/km de CO2

Renault Mégane Sport Tourer 1.5 dCi/110 cv

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Prêt-à-Porter
Pronto a usar embora construído à medida dos desejos do consumidor europeu

Líder regular do respectivo segmento, desde o seu surgimento – se exceptuarmos talvez a primeira carrinha Mégane – que Break e Scénic são, para o importador nacional, sinónimos de sucesso. Grande parte da razão do êxito deve-se não apenas à novidade – a Scénic foi o primeiro monovolume europeu de médias dimensões –, à estética, claro, mas também o facto de desde muito cedo ambos disponibilizarem um motor diesel de média cilindrada e bom desempenho, que lhes garantiu um ascendente de competitividade sobre alguma da concorrência.

Aposta dinâmica

No ano passado surgiu mais uma geração deste modelo. A gama alargou recentemente com a chegada destas duas versões. Para a completar, se ficarmos apenas pelas variantes do seu antecessor, fica a faltar o descapotável, sendo que as versões de cinco e três portas (coupe) já aqui foram dissecadas. Interessa, antes de mais, estabelecer um paralelo e traçar diferenças face aos modelos que substitui. Em termos gerais, se as versões de 3 e cinco portas surgiram com linhas mais consensuais do que a antecessora, a break era já um caso à parte no que a tal se refere. Sempre apreciada, o traço está ainda mais forte e dinâmico. Tal justifica a designação Sport Tourer mas, para além das questões de estilo, e porque estamos a falar de uma carrinha, importa referir a extrema funcionalidade do seu espaço de carga.
Uma muito ampla bagageira (uns apreciáveis 524 l), apresenta a possibilidade de criar facilmente espaços separados para o transporte de objectos, a cobertura tem espaço próprio para guardar sob o piso e, ao rebatimento do encosto dos bancos traseiros, junta-se o do "pendura" permitindo o transporte de materiais com cerca de 2,5 metros.

Interior cuidado

Dando continuidade à análise do interior, itens como a qualidade dos materiais, equipamento e preocupações com o conforto e a segurança, já não são, felizmente, factos novos nas criações mais recentes do construtor francês.
Quanto à funcionalidade, mantêm-se, a meu ver, o carácter menos prático do sistema automático de climatização, enquanto que o de navegação se revela bastante intuitivo. Denominado "Carminat TomTom" (490€), tem ecrã fixo e os mapas gravados em cartão de memória SD. Para além do habitual, avisa sobre os limites de velocidade e posicionamento de radares fixos.
Um equipamento de som com bluetooth (390€) torna o manuseamento mais intuitivo e seguro, podendo ser também feito através de patilhas na coluna da direcção.
Quanto ao de navegação – quando presente – usa o habitual sistema entre os bancos, sobrando pouco espaço para pequenos objectos. O travão de mão é convencional (ao contrário do anterior), é de série o sistema mãos livres que dispensa chave, pode receber vários sensores (chuva, luz, pressão dos pneus e ajudas ao parqueamento) e tejadilho duplo em vidro (830€). Destaque ainda para o aspecto dos instrumentos do painel de bordo.

Mais espaço

A plataforma beneficia de uma maior distância entre eixos, o que melhora substancialmente a habitabilidade traseira face à berlina. Em matéria de comportamento, a aposta foi claramente ganha. Mesmo esta versão, pretensamente orientada para o prazer da condução, mantém um equilíbrio bastante bom entre o conforto e as capacidades dinâmicas.
Quanto ao comportamento do motor 1.5 dCi já foi por demais dissecado. Com uma versão de 90 cv a partir de cerca de 24 mil euros, o ensaio à de 110 (pouco mais de 2000 euros) indicia que, embora parte da agilidade se esbata por causa de um conjunto mais pesado, a precisa e bem escalonada caixa de seis velocidades contribui decisivamente para que o binário seja cabalmente aproveitado. Essa maior elasticidade não lhe penaliza os consumos, nem o conforto, em grande parte reforçado pela boa insonorização do interior.

PREÇO, desde 26000 euros MOTOR, 1461 cc, 110 cv às 4000 r.p.m., 240 Nm às 2000, turbo de geometria variável, 8 válvulas(!), injecção common rail CONSUMOS, 5,1/4,0/4,4 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 114 g/km de CO2

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