ENSAIO: Mitsubishi ASX 1,8 DiD MIVEC 150cv 4x2
Concorrente ao troféu carro do ano em Portugal, no qual foi um dos seis finalistas, só agora foi possível proceder ao ensaio do mais recente SUV da marca japonesa. Mas bastaram poucos quilómetros para perceber porque é que a Mitsubishi tinha legítimas ambições de vencer esta competição e porque é que o ASX é actualmente uma das propostas mais fortes do seu segmento.
Uma grande alma
Antes importa referir aquilo que é a grande mais-valia deste modelo — e desta versão em particular — e que mais contribui para que se destaque entre os demais: o seu motor diesel 1.8, integralmente em alumínio e totalmente desenvolvido pela marca japonesa. É o grande trunfo do ASX e se, quanto o ensaiado no Mitsubishi Lancer (ver AQUI), não lhe gabámos os consumos, neste caso passa-se exactamente o contrário. A média final do ensaio ficou muito perto dos seis litros, sem qualquer preocupação de poupança, enquanto em estrada facilmente se estabelecem valores aquém dos cinco. O sistema “stop & go” (desligável) pode efectivamente ser uma ajuda para que isso aconteça (no painel existe ainda um indicador que aconselha a mudança ideal), mas claramente que a conjugação entre o escalonamento da caixa e a eficácia do rendimento do propulsor são os grandes responsáveis pelas boas médias obtidas. Na realidade é a gestão electrónica da abertura das válvulas, aliada a uma pressão realmente baixa do funcionamento do turbo, que contribuem para um aproveitamento capaz do bom valor de binário, apesar deste só se evidenciar acima das 2000 rpm.
O que talvez condicionasse parte das capacidades do Mitsubishi ASX em mau piso, não se desse o caso deste não ser um carro idealizado para grandes aventuras fora de estrada. Apesar de até nem se portar mal quando conduzido para terreno incerto.
Interior luminoso
Numa apreciação rápida ao seu habitáculo não se espere encontrar um carro que “encha o olho” com revestimentos suaves ou grandes rasgos estilísticos. O habitáculo do ASX é sóbrio e, antes de mais, racional. Existem alguns revestimentos suaves, não muitos, mas aquilo que realmente impera é a simplicidade do funcionamento dos comandos e uma qualidade de construção insuspeita, apesar do predomínio do plástico. Até mesmo em terreno incerto não se evidenciam ruídos parasitas, há pequenos espaços em número suficiente à disposição dos ocupantes dianteiros e, entre os que existem no volante e na consola central, o condutor rapidamente se habitua à disposição e funcionamento dos comandos mais importantes.
Apesar de o ASX não ser um carro excepcionalmente largo, a habitabilidade traseira é boa. Certo é que dois adultos viajarão com maior desafogo do que três, mas um banco do tipo corrido (se bem que com rebatimento assimétrico e “túnel central”) ajuda ao conforto do ocupante do meio.
A mala, com apenas 416 l, parece escassa. O eixo traseiro e a suspensão obrigam a que a plataforma do piso esteja elevada, alojando-se por debaixo desta pneu suplente e um pequeno compartimento. Apesar disso não é a mais pequena do segmento e a boa esquadria das formas facilitam bastante a arrumação e aproveitamento integral do espaço.
Um tejadilho panorâmico em vidro, com cortina eléctrica retráctil, contribui para a luminosidade do interior. Mas não só; pequenos leds amarelados ladeiam a abertura e dão um aspecto futurista ao conceito. Agora imagine-se quando apreciado, à noite, de uma altura elevada.
Mas para tornar mais “confortável” a sua condução, sobretudo em cidade, pode o condutor contar, em todas as versões, com o sistema de ajuda ao arranque em subida.
(*) Despesas de preparação, averbamento, transporte, pintura metalizada e SGPU não incluídos
Outros modelos Mitsubishi recentemente ensaiados:
O Mitsubishi ASX prossegue a tendência actual do mercado automóvel europeu, indo de encontro às pretensões dos mesmos consumidores que tornaram o Nissan Qashqai num fenómeno de vendas. Ou seja, sob a aparência de uma carroçaria estilizada, que sugere vagamente uma viatura de todo-o-terreno, está essencialmente um modelo familiar, a quem alguma — não muita, cerca de 17 cm — altura ao solo e protecções, na carroçaria e no chassis, conferem, ainda que bastante limitada, capacidade fora de estrada. Mas já lá vamos.
Uma grande alma
Antes importa referir aquilo que é a grande mais-valia deste modelo — e desta versão em particular — e que mais contribui para que se destaque entre os demais: o seu motor diesel 1.8, integralmente em alumínio e totalmente desenvolvido pela marca japonesa. É o grande trunfo do ASX e se, quanto o ensaiado no Mitsubishi Lancer (ver AQUI), não lhe gabámos os consumos, neste caso passa-se exactamente o contrário. A média final do ensaio ficou muito perto dos seis litros, sem qualquer preocupação de poupança, enquanto em estrada facilmente se estabelecem valores aquém dos cinco. O sistema “stop & go” (desligável) pode efectivamente ser uma ajuda para que isso aconteça (no painel existe ainda um indicador que aconselha a mudança ideal), mas claramente que a conjugação entre o escalonamento da caixa e a eficácia do rendimento do propulsor são os grandes responsáveis pelas boas médias obtidas. Na realidade é a gestão electrónica da abertura das válvulas, aliada a uma pressão realmente baixa do funcionamento do turbo, que contribuem para um aproveitamento capaz do bom valor de binário, apesar deste só se evidenciar acima das 2000 rpm.
O que talvez condicionasse parte das capacidades do Mitsubishi ASX em mau piso, não se desse o caso deste não ser um carro idealizado para grandes aventuras fora de estrada. Apesar de até nem se portar mal quando conduzido para terreno incerto.
Eficácia do conjunto
Sem qualquer ajuda electrónica ou mecânica especialmente dedicada à condução sobre caminhos acidentados, o conjunto parece demonstrar vontade de querer fazer mais fora de estrada, caso contasse com a ajuda dos pneus para tal tarefa. Mas o piso “de estrada” destes revelou-se pouco indicado e com fraca aderência perante terreno mais escorregadio, embora seja nos percursos mais complicados que o ASX evidencia outra das suas qualidades: a boa capacidade de manobra. Sendo mais pequeno do que os seus pares mais directos, e dispondo de uma frente compacta, o ASX é bastante fácil de dirigir. Para tanto ajuda também a boa visibilidade para o exterior (excepto lateralmente, devido à volumetria do pilar central) e uma posição de condução que contribui muito para que assim aconteça.Interior luminoso
Numa apreciação rápida ao seu habitáculo não se espere encontrar um carro que “encha o olho” com revestimentos suaves ou grandes rasgos estilísticos. O habitáculo do ASX é sóbrio e, antes de mais, racional. Existem alguns revestimentos suaves, não muitos, mas aquilo que realmente impera é a simplicidade do funcionamento dos comandos e uma qualidade de construção insuspeita, apesar do predomínio do plástico. Até mesmo em terreno incerto não se evidenciam ruídos parasitas, há pequenos espaços em número suficiente à disposição dos ocupantes dianteiros e, entre os que existem no volante e na consola central, o condutor rapidamente se habitua à disposição e funcionamento dos comandos mais importantes.
Apesar de o ASX não ser um carro excepcionalmente largo, a habitabilidade traseira é boa. Certo é que dois adultos viajarão com maior desafogo do que três, mas um banco do tipo corrido (se bem que com rebatimento assimétrico e “túnel central”) ajuda ao conforto do ocupante do meio.
A mala, com apenas 416 l, parece escassa. O eixo traseiro e a suspensão obrigam a que a plataforma do piso esteja elevada, alojando-se por debaixo desta pneu suplente e um pequeno compartimento. Apesar disso não é a mais pequena do segmento e a boa esquadria das formas facilitam bastante a arrumação e aproveitamento integral do espaço.
Um tejadilho panorâmico em vidro, com cortina eléctrica retráctil, contribui para a luminosidade do interior. Mas não só; pequenos leds amarelados ladeiam a abertura e dão um aspecto futurista ao conceito. Agora imagine-se quando apreciado, à noite, de uma altura elevada.
Em resumo
Equilibrado na forma e no conceito, racional e completo no que toca à funcionalidade, o SUV da Mitsubishi tem neste motor o principal agente em destaque. Com o sistema de controlo de tracção em pleno funcionamento, fora do alcatrão quando o piso perde aderência, o ASX exibe em estrada um comportamento bastante estável, abordando as curvas com muita segurança e sem grandes adornos da carroçaria. Equilibrado é ainda o desempenho da suspensão, porque apesar de o comportamento permitir alguns rasgos desportivos, o conforto só não é melhor devido à pouca envolvência dos bancos.Mas para tornar mais “confortável” a sua condução, sobretudo em cidade, pode o condutor contar, em todas as versões, com o sistema de ajuda ao arranque em subida.
Dados mais importantes | |||
Preços desde | 30500 euros / 23250 euros (1.6 gasolina) | ||
Motores | 1798 cc, 150 cv às 4000 rpm, 300 Nm das 2000 às 3000 rpm. 16 V, common rail, turbo geometria variável, intercooler | ||
Prestações | 200 km/h, 9,7 seg. (0/100 km/h) | ||
Consumos (médio/estrada/cidade) | 5,5 / 4,8 / 6,7 litros | ||
Emissões Poluentes (CO2) | 145 g/km |
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