ENSAIO: Suzuki Alto GL STYLE
Pequeno, ágil, simples, económico e barato. Cinco características, tantas quanto os dedos de uma mão, servem para definir o Suzuki Alto. Na verdade, podem ainda acrescentar-se mais algumas. Só que estes são igualmente os princípios básicos de qualquer modelo destinado essencialmente para servir na cidade.
A marca japonesa sempre foi perita - e ganhou fama - a construir pequenos carros. Não são os únicos que sabe fazer, mas na Europa tornou-se fácil associá-la a veículos compactos, práticos e competentes para a função a que se destinam. Quer sejam pequenos citadinos, quer sejam jipes.
Para construir o Alto, a Suzuki e a Nissan uniram esforços e montaram uma fábrica na Índia. É que a sua importância não se mede apenas no mercado europeu, já que este carro é ainda comercializado no Japão como Kei-Car. Trata-se de uma categoria especial, reservada a carros de pequenas dimensões e baixa cilindrada, já que daí advêm vantagens fiscais e com o seguro.
Este ensaio actualiza um outro anteriormente realizado (ver AQUI).
A Nissan comercializa este modelo como Nissan Pixo (ver AQUI)
Modelo europeu
A versão que chega à Europa não é substancialmente diferente da que é comercializada no Japão, salvo questões pontuais de equipamento. Refira-se que em determinados mercados são ainda comercializadas versões com tracção integral ou dotadas com caixa de velocidade automática CVT, sendo esta última particularmente apreciada por permitir consumos muito modestos, da ordem dos 24,5 km por cada litro de gasolina.
No caso português há que contar com o motor a gasolina de 996 cc com 68 cv. Um bloco económico, de apenas 3 cilindros, que beneficia do pouco peso do Alto para garantir um consumo combinado de somente 4,4 litros ou 103 g/km de CO2. É ainda comercializada uma versão automática com quatro velocidades, com valores que “disparam” para os 5,2 l e 122 gr./Km respectivamente.
Espaço contido
Dadas as dimensões do exterior, o espaço interior consegue surpreender. A lotação é de apenas de quatro ocupantes, mas à frente viaja-se com relativo desafogo. Atrás, desde que os ocupantes dianteiros não empurrem demasiado os assentos, acomoda tranquilamente dois passageiros.
Claro que isto é conseguido em grande parte à custa de assentos mais pequenos, ou com sacrifício da capacidade da mala, somente 129 litros em condições normais, ou 774 litros com o rebatimento total dos bancos traseiros. Este valor só não é maior porque, felizmente, existe pneu suplente. Apesar de ser de dimensões reduzidas.
O Suzuki Alto é um carro giro. Mais ainda na versão “Style” ensaiada, onde uma panóplia de equipamento de estilo e conforto ajudam a disfarçar a abundância de plástico ou a ausência de porta-luvas. Embora nisso fuja pouco à regra do segmento. É apenas estranho que o condutor tenha que se debruçar sobre o outro banco para abrir ou fechar o vidro eléctrico do “pendura”.
Ágil q.b.
É igualmente um carro com “boa atitude”. Rápido o suficiente, extremamente ágil e não excessivamente ruidoso em andamento, apresenta uma caixa de velocidade colaborante mas a pensar na economia. Possui uma direcção precisa e directa, que contribui para a sua boa capacidade de manobra; o raio minimo de viragem é de somente 4,5 metros, com boa visibilidade em todas as direcções.
Embora não seja um carro “de estrada”, é pelo menos capaz de manter, sem esforço e sem sobressaltos, a velocidade máxima permitida em auto-estrada. Tanto quanto o seu magro binário lhe permite, bastante evidente em percursos mais inclinados e ainda mais acentuado quando o ar condicionado se encontra ligado.
Apesar dessa estabilidade não deixa de ser sensível à acção de ventos laterais ou contrários, e também não apreciei muito o carácter demasiado macio da suspensão. Uma alternativa para manter o conforto dos passageiros, motivado pelo pouco curso da mesma.
Trata-se efectivamente de um carro económico e divertido. O preço desta versão “GL Style”, cerca de 11 mil euros (chave na mão), justifica-se pelo recheio de equipamento. A variante base pouco mais contém de importante do que o ABS e os airbags frontais, mas este modelo inclui, entre outros elementos adicionais, jantes especiais de 14 polegadas (em prata ou preto), faróis de nevoeiro, rádio/CD/MP3, vidros eléctricos à frente, ar condicionado manual, puxadores das portas, manípulo das mudanças e do travão de mão com aplicações metalizadas, comando à distância, faróis de halogéneo com regulação em altura e airbags laterais.
(*) com IVA 23% e ISV 2011; Não inclui Despesas Administrativas nem Ecovalor;
Opcionais: Pintura Metalizada (295 euros) e ESP-Programa de Controlo de Estabilidade e Tracção (515 euros).
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A marca japonesa sempre foi perita - e ganhou fama - a construir pequenos carros. Não são os únicos que sabe fazer, mas na Europa tornou-se fácil associá-la a veículos compactos, práticos e competentes para a função a que se destinam. Quer sejam pequenos citadinos, quer sejam jipes.
Para construir o Alto, a Suzuki e a Nissan uniram esforços e montaram uma fábrica na Índia. É que a sua importância não se mede apenas no mercado europeu, já que este carro é ainda comercializado no Japão como Kei-Car. Trata-se de uma categoria especial, reservada a carros de pequenas dimensões e baixa cilindrada, já que daí advêm vantagens fiscais e com o seguro.
Este ensaio actualiza um outro anteriormente realizado (ver AQUI).
A Nissan comercializa este modelo como Nissan Pixo (ver AQUI)
Modelo europeu
A versão que chega à Europa não é substancialmente diferente da que é comercializada no Japão, salvo questões pontuais de equipamento. Refira-se que em determinados mercados são ainda comercializadas versões com tracção integral ou dotadas com caixa de velocidade automática CVT, sendo esta última particularmente apreciada por permitir consumos muito modestos, da ordem dos 24,5 km por cada litro de gasolina.
No caso português há que contar com o motor a gasolina de 996 cc com 68 cv. Um bloco económico, de apenas 3 cilindros, que beneficia do pouco peso do Alto para garantir um consumo combinado de somente 4,4 litros ou 103 g/km de CO2. É ainda comercializada uma versão automática com quatro velocidades, com valores que “disparam” para os 5,2 l e 122 gr./Km respectivamente.
Espaço contido
Dadas as dimensões do exterior, o espaço interior consegue surpreender. A lotação é de apenas de quatro ocupantes, mas à frente viaja-se com relativo desafogo. Atrás, desde que os ocupantes dianteiros não empurrem demasiado os assentos, acomoda tranquilamente dois passageiros.
Claro que isto é conseguido em grande parte à custa de assentos mais pequenos, ou com sacrifício da capacidade da mala, somente 129 litros em condições normais, ou 774 litros com o rebatimento total dos bancos traseiros. Este valor só não é maior porque, felizmente, existe pneu suplente. Apesar de ser de dimensões reduzidas.
O Suzuki Alto é um carro giro. Mais ainda na versão “Style” ensaiada, onde uma panóplia de equipamento de estilo e conforto ajudam a disfarçar a abundância de plástico ou a ausência de porta-luvas. Embora nisso fuja pouco à regra do segmento. É apenas estranho que o condutor tenha que se debruçar sobre o outro banco para abrir ou fechar o vidro eléctrico do “pendura”.
Ágil q.b.
É igualmente um carro com “boa atitude”. Rápido o suficiente, extremamente ágil e não excessivamente ruidoso em andamento, apresenta uma caixa de velocidade colaborante mas a pensar na economia. Possui uma direcção precisa e directa, que contribui para a sua boa capacidade de manobra; o raio minimo de viragem é de somente 4,5 metros, com boa visibilidade em todas as direcções.
Embora não seja um carro “de estrada”, é pelo menos capaz de manter, sem esforço e sem sobressaltos, a velocidade máxima permitida em auto-estrada. Tanto quanto o seu magro binário lhe permite, bastante evidente em percursos mais inclinados e ainda mais acentuado quando o ar condicionado se encontra ligado.
Apesar dessa estabilidade não deixa de ser sensível à acção de ventos laterais ou contrários, e também não apreciei muito o carácter demasiado macio da suspensão. Uma alternativa para manter o conforto dos passageiros, motivado pelo pouco curso da mesma.
Trata-se efectivamente de um carro económico e divertido. O preço desta versão “GL Style”, cerca de 11 mil euros (chave na mão), justifica-se pelo recheio de equipamento. A variante base pouco mais contém de importante do que o ABS e os airbags frontais, mas este modelo inclui, entre outros elementos adicionais, jantes especiais de 14 polegadas (em prata ou preto), faróis de nevoeiro, rádio/CD/MP3, vidros eléctricos à frente, ar condicionado manual, puxadores das portas, manípulo das mudanças e do travão de mão com aplicações metalizadas, comando à distância, faróis de halogéneo com regulação em altura e airbags laterais.
Dados mais importantes | |
Preços desde | 10550 euros (GL Style) * |
Motores | 996 cc, 68 cv às 6000 rpm, 90 Nm às 3400 |
Prestações | 155 km/h, 14 seg. (0/100 km/h) |
Consumos (médio/estrada/cidade) | 4,4 / 3,8 / 5,5 litros |
Emissões Poluentes (CO2) | 103 gr/km |
Opcionais: Pintura Metalizada (295 euros) e ESP-Programa de Controlo de Estabilidade e Tracção (515 euros).
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