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ENSAIO: Nissan Qashqai 1.6 dCi/130 cv (5 lugares)

Parte do sucesso do Qashqai não reside apenas no conceito. Está na sua constante renovação que não dá tréguas à concorrência. Agora com mais e melhor equipamento, a grande novidade é um novo motor diesel, mais potente, mais económico e menos poluente. Por causa de tudo isto, melhorou não só a sua desenvoltura dinâmica como, por via da redução das emissões, esta versão paga menos Imposto Único de Circulação do que o Qashqai 1.5 dCi.
Conciliar o melhor de dois mundos – conforto e facilidade de condução urbana com algumas funcionalidades típicas de um SUV - foi o propósito que levou ao seu lançamento em 2007. Ainda que possa não ter sido o pioneiro do segmento dos crossover urbanos, o Nissan Qashqai pode orgulhar-se de ser o grande impulsionador deste género de veículos. A prova está no facto de ter superado um milhão de unidades produzidas e a liderança incontestável das vendas do seu segmento.
No nosso País foi o 5.º carro mais vendido em 2011 e quer repetir o feito em 2012. Apesar das condições adversas de mercado, a razão está sobretudo na disponibilidade desta nova motorização: 1.6 dCi com 130 cv e 320 Nm de binário a partir das 1750 rpm.

Motor competente

Equipado com sistema Stop/Start, este motor é partilhado com a Renault no seio da Aliança que une as duas marcas. Capaz de emissões de somente 119 g/km e anunciando um consumo médio de apenas 4,4 litros, esse valor rondou contudo os 6 litros após alguns dias de ensaio.
Emissões de 119 g/km trazem uma importância que vai além das preocupações ambientais. Este valor garante a poupança de cerca de 32 euros no cálculo do Imposto Único de Circulação (IUC), ou seja, um pagamento anual de apenas 128,43 euros, em vez dos 160,78 euros devidos pela versão 1.5 dCi.
Além disso, o rendimento do binário deste motor permite ao Qashqai uma progressão dinâmica que a unidade diesel 1.5 dCi (consultar AQUI o último ensaio a esta versão) é incapaz de alcançar. Graças a todo este potencial, ele substitui mesmo o diesel de 2.0 litros, que se manterá disponível apenas com caixa de velocidades automática. Com cinco lugares ou na variante de sete, o Qashqai 1.6 dCi é capaz de velocidades superiores a 190 km e de cumprir os típicos 0 aos 100 km/h em menos de 11 segundos.

Comportamento

Tudo isto é garantia de uma boa agilidade urbana. Aliás, comercialmente apresentado como um crossover urbano, o Qashqai encontra muitos apreciadores num tipo de consumidor que aprecia uma posição de condução mais elevada – contudo confortável – e algum à-vontade na condução, que a maior altura ao solo concede a este automóvel. Sem ser um todo-o-terreno – longe disso – o Qashqai não se coíbe de sair fora de estrada por estradões com boa aderência, beneficiando ainda de algumas protecções no chassis.
Difícil é conciliar o trabalho da suspensão em termos de comportamento e conforto mas, até nesse campo, esta versão do Qashqai consegue um equilíbrio satisfatório. Algum adorno em curva é esperado, até porque uma posição de condução mais elevada acentua essa impressão, mas os desvios são mínimos e perfeitamente controláveis. É claro que para tanto contribui o controlo de estabilidade, existente de série, mas igualmente uma direcção muito intuitiva para quem dirige este SUV da Nissan.

Visão aérea

O motor não é a única novidade da gama 2012. A par de algumas pequenas alterações estéticas, de funcionalidade ou da melhoria de certos materiais que revestem o interior da nova geração, o Qashqai de 2012 estreia equipamento que melhora a segurança quando é preciso estacioná-lo ou até durante outro género de manobras, como a abordagem de cruzamentos de visibilidade reduzida.
Trata-se de um “monitor de visualização da área circundante”, composto por um conjunto de pequenas câmaras localizadas na grelha, junto da matrícula traseira e em cada um dos retrovisores exteriores. Com a ajuda das imagens captadas, este sistema simula e projecta num ecrã localizado no painel central, uma imagem aérea do ambiente que rodeia o veículo. É igualmente possível visualizar de modo independente, sendo que a visão lateral é, por exemplo, bastante útil na despistagem dos pequenos pilares fixados nos passeios.
O sistema de câmaras é accionado automaticamente quando a marcha atrás é engatada ou durante o andamento até uma velocidade de 10 km/h. Basta para isso premir um botão localizado no painel frontal. (ver mais pormenores sobre este equipamento no TEXTO de apresentação da versão)

Diferencial de preços

Apesar deste conjunto de qualidades acrescidas, os modelos de 2 ou de 4 rodas motrizes são comercializados somente 1000 a 2000 euros acima das versões equivalentes equipadas com o motor 1.5 dCi, sendo que a variante de entrada – Visia - custa 27300 euros, excluindo as habituais despesas de transporte e documentação.

Dados mais importantes
Preços (euros)27.300 € (Visia)
Motor
1598 cc cc, 4 Cil./16 V, 130 cv às 4000rpm, 320 Nm a partir das 1750 rpm, injecção directa common rail, turbo com geometria variável, intercooler
Prestações
190 km/h, 10,3 seg. (0/100 km/h)
Consumos (médio/estrada/cidade)
4,5 / 3,9 / 5,5 litros
Emissões Poluentes (CO2)119 gr/km


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