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ENSAIO: Hyundai ix35 CRDi 1.7/115 cv Blue Drive

Tal como o Mitsubishi ASX (ver AQUI) é um concorrente forte desse fenómeno de vendas que é o Nissan Qashqai (procurar AQUI mais sobre as várias versões). A situação não se colocou tanto ao início, porque a sua comercialização principiou com um motor diesel 2.0, mais onerado, em termos fiscais, do que a unidade 1.5 dCi que equipa o mais vendido dos Qashqai (ver AQUI). Mas tornou-se mais evidente com a disponibilidade deste “blue drive” 1.7 CRDi, versão que reforça uma vertente mais familiar daquele que é, por enquanto, o SUV mais pequeno da marca coreana à venda na Europa.
Não querendo fazer desta apreciação um comparativo entre os dois automóveis, as linhas do Qashqai talvez possam ser consideradas mais “urbanas” do que as do ix35, vagamente mais próximas de um jipe. O Hyundai tem por isso um aspecto mais robusto enquanto SUV, sem por isso parecer menos elegante ou portador de menos estilo.
Se bem que até a versão com tracção integral (ver AQUI) pareça mais destinada a vencer fracas condições de aderência, do que a permitir transpor obstáculos mais complicados.
Por alguma razão, provavelmente por causa de uns faróis estreitos face a entradas de ar tão prenunciadas, a frente sempre me pareceu a menos conseguida das partes. Em termos desse resultado, considero mais bem conseguido o casamento entre os faróis e a grelha do “primo” Kia Sportage (ver AQUI), nesse aspecto mais harmonioso.
Os preços são ligeiramente superiores às correspondentes versões do SUV da Nissan. Parte da culpa deve-se ao acréscimo de impostos que incide sobre a cilindrada, outra parte poderá dever-se às diferenças de equipamento. Facto é que, enquanto SUV, este Hyundai e o Nissan apresentam características muito similares quanto às capacidades que possam ter para ultrapassar obstáculos.
O mesmo não acontece em termos de habitabilidade, já que o ix35 beneficia de um acréscimo de tamanho em todas as direcções.


Qualidade de construção


É principalmente de realçar a aposta na qualidade e no conforto de condução. O construtor coreano fez poucas concessões nessa matéria, apostando em materiais com boa aparência. Incluindo alguns de tacto macio.
O habitáculo tem, sem dúvida, um aspecto muito agradável. Cativa facilmente até por ser também bastante luminoso, beneficiado que é pela superfície vidrada. A combinação de cores ostenta um ar dinâmico, quase desportivo, com realce para o desenho do volante que engloba alguns comandos, dependendo do equipamento. O mesmo se passa com a “ilha” central do tablier, orlada por uma aplicação mais clara como as do volante, onde se alojam, conforme as opções, o sistema de rádio, som e de navegação.
Já à câmara de estacionamento traseiro surge no retrovisor interior quando se engata a marcha-atrás. Esta colocação revela-se bastante prática e cómoda, mas também é possível, dependendo do equipamento, a sua visualização no ecrã central.
Em termos funcionais é muito prático de utilizar, com comandos intuitivos. Alguns, de menor uso, alojam-se à direita do volante, numa posição mais escondida. A excepção é o que controla o computador de bordo (“trip”) que merecia colocação mais visível.
Existem pequenos espaços em número suficiente, embora alguns com pouca ou nenhuma funcionalidade para guardar objectos. É o caso do que fica ao fundo da consola, próximo do isqueiro, da tomada auxiliar de 12 volts e das entradas de som, que, por ser aberto de lado, permite que estes se escapem.
Mais facilmente se destaca pela habitabilidade em geral. Sobretudo pela largura do banco traseiro, suficientemente amplo para 3 ocupantes, mas igualmente pela capacidade da mala, mesmo contendo um pneu suplente com jante igual às restantes.


Comportamento familiar


A suspensão mais macia indicia uma vocação mais familiar para esta versão. Apesar disso, o Hyundai ix35 não balança demasiado em curva e mantém uma estabilidade aceitável em velocidade. Apenas os pneus de menor atrito impedem maior prazer de condução, já que a aderência é também menor.
Com este motor também não foi feito para grandes corridas. Apesar da força inicial que mostra, a afinação mais longa das relações mais altas da caixa está mais orientada para garantir uma moderação dos consumos. Mesmo assim, o binário elevado permite circular a velocidades relativamente baixas com mudanças mais altas engrenadas, sem o motor se engasgar.
“Blue” de azul, a cor do planeta que deveríamos preservar. Isso passa por uma menor emissão de gases de escape, sendo exactamente o que esta versão propõe, ao recorrer às soluções habituais: sistema “start & stop”, pneus de baixo atrito e uma gestão mais eficiente de toda a mecânica, reduzindo fricções desnecessárias e gastando menos combustível.
Com somente tracção dianteira, o propósito, coadjuvado pelo funcionamento da belíssima caixa de seis velocidades, é “quase” atingido, como já tinha constatado em versão idêntica do Kia Sportage (ver AQUI). Sem deixar de ter presente o peso e a sua configuração menos aerodinâmica, sempre com a ajuda do indicador que surge no painel a aconselhar a mudança mais indicada, a média final do ensaio situou-se, de forma muito esforçada, nos 6,2 litros. Em condução mais descontraída facilmente se atingem os 7 litros, ou mais do que isso quando se circula maioritariamente em cidade.



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Dados mais importantes
Preços desde27 000 (Classic)/30 500 (Comfort)
Motor
1685 cc, 16 V, 115 cv às 4000rpm, 260 Nm das 1250 às 2750 rpm
Prestações
173 km/h, 12,4 seg. (0/100 km/h)
Consumos (médio/estrada/cidade)
5,2 / 4,8 / 6,0 litros
Emissões Poluentes (CO2)135 gr/km


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