ENSAIO: Hyundai ix35 2.0 CRDi/184cv (4x4)
Apesar da tracção integral e de, no caso em apreço, bloqueio do diferencial e ajuda em declive, ao Hyundai ix35 4x4 faltam-lhe distância ao solo e suspensão à altura de transmitir confiança quando o piso se torna demasiado irregular. No primeiro caso, os cerca de 17 centímetros são escassos, no segundo, embora a suspensão tenha ganho firmeza nesta versão, não fica assegurada a integridade geral do conjunto. Não obstante o ix35 ultrapassou com distinção um percurso de terra mais ou menos firme e algumas poças de lama e a falta de tracção, quando se verificou, foi também culpa dos pneus de estrada que o equipam.
Os veículos conhecidos como SUV surgiram como uma alternativa mais “civilizada” aos tradicionais veículos de todo-o-terreno que começaram a popularizar-se na Europa em meados dos anos 80. Mais compactos e mais fáceis de conduzir, conservam algumas características intrínsecas como a tracção integral e, nalguns casos, as ditas “redutoras”, acrescentando conforto e muito mais equipamento do que os ditos “jipes” que, além de espartanos, sofriam ainda geralmente da falta de insonorização.
A vaga mais recente de modelos deste tipo vai ainda mais longe e fá-los aproximarem-se ainda mais das berlinas ditas familiares. Isto em desfavor das capacidades que poderiam ter para circular com as rodas fora do alcatrão e ultrapassarem obstáculos mais complicados.
Na estrada
Onde o ix35 mostra sem dúvida maior competência é no alcatrão. Aí revela-se bem mais à-vontade, sendo bastante despachado e até mesmo muito mais possante de dirigir do que a versão com apenas duas rodas motrizes. Não porque tenha circulado com tracção total, que é de engrenagem automática, antes porque uma suspensão mais firme inspira maior tranquilidade em velocidades elevadas e na abordagem de curvas. Sendo que isso não implicou qualquer concessão ao conforto. Bem pelo contrário; o conjunto balança menos e os bancos, com excelente apoio, ajudam em muito a amortecer as irregularidades do piso.
Deste motor, já conhecido da versão com duas rodas motrizes, pode afirmar-se que não desilude quaisquer expectativas. “Redondo” e com o binário numa faixa relativamente ampla de regime, só não corresponde mais fora do alcatrão e em inclinações significativamente acentuadas, devido às já referidas dificuldades de tracção. De resto, em estrada (ou fora dela desde que o piso seja aceitável), garante um bom desempenho. Em grande parte auxiliado por uma caixa de seis velocidades, precisa e bem escalonada, que faz o que pode para assegurar consumos médios não muito além dos 8 litros.
No interior
Quanto ao habitáculo, tanto a qualidade dos materiais como a funcionalidade denunciam a intenção de satisfazer gostos europeus. A escolha dos padrões e alguns revestimentos suaves no tablier, contrastam com a exiguidade do porta luvas (que beneficia do ar condicionado) e a dispersão de alguns comandos secundários.
Já a habitabilidade, em si boa e bem aproveitada face às dimensões compactas do conjunto (que mede menos de 4,5 metros), contempla uma mala relativamente ampla que alberga pneu e jante suplente igual às restantes e proporciona ainda mais algum espaço onde este se aloja.
Com a decisão de compra a ser em parte por gosto, em parte por capricho, o ix35 4x4 custa mais 8 mil euros do que a versão equivalente de tracção apenas a duas rodas. Embora os mais de 40 mil euros encontrem explicação nalgum acréscimo de equipamento, a fiscalidade portuguesa não perdoa. Ainda que, efectivamente, o ix35 4x4 seja mais pensado para mercados onde é mais assídua a condução sobre neve ou gelo e a tracção das 4 rodas se justifique por razões de segurança.
Ver AQUI mais impressões sobre este modelo, nomeadamente versão sem tracção total
A tracção é engrenada electronicamente. O bloqueio do diferencial e a ajuda do motor em descidas muito acentuadas são comandadas através de botões à esquerda do volante. Meio escondido atrás do volante está o botão que permite alternar entre as várias funções do computador de bordo.
(*) Despesas de preparação, averbamento, transporte, pintura metalizada e SGPU não incluídos
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Não faltam os gadgets mais actuais como a ficha para o i-pod |
Na estrada
Onde o ix35 mostra sem dúvida maior competência é no alcatrão. Aí revela-se bem mais à-vontade, sendo bastante despachado e até mesmo muito mais possante de dirigir do que a versão com apenas duas rodas motrizes. Não porque tenha circulado com tracção total, que é de engrenagem automática, antes porque uma suspensão mais firme inspira maior tranquilidade em velocidades elevadas e na abordagem de curvas. Sendo que isso não implicou qualquer concessão ao conforto. Bem pelo contrário; o conjunto balança menos e os bancos, com excelente apoio, ajudam em muito a amortecer as irregularidades do piso.
Ambiente luminoso. Existe indicador que aconselha o momento certo para trocar de mudança |
No interior
Quanto ao habitáculo, tanto a qualidade dos materiais como a funcionalidade denunciam a intenção de satisfazer gostos europeus. A escolha dos padrões e alguns revestimentos suaves no tablier, contrastam com a exiguidade do porta luvas (que beneficia do ar condicionado) e a dispersão de alguns comandos secundários.
Já a habitabilidade, em si boa e bem aproveitada face às dimensões compactas do conjunto (que mede menos de 4,5 metros), contempla uma mala relativamente ampla que alberga pneu e jante suplente igual às restantes e proporciona ainda mais algum espaço onde este se aloja.
Com a decisão de compra a ser em parte por gosto, em parte por capricho, o ix35 4x4 custa mais 8 mil euros do que a versão equivalente de tracção apenas a duas rodas. Embora os mais de 40 mil euros encontrem explicação nalgum acréscimo de equipamento, a fiscalidade portuguesa não perdoa. Ainda que, efectivamente, o ix35 4x4 seja mais pensado para mercados onde é mais assídua a condução sobre neve ou gelo e a tracção das 4 rodas se justifique por razões de segurança.
A tracção é engrenada electronicamente. O bloqueio do diferencial e a ajuda do motor em descidas muito acentuadas são comandadas através de botões à esquerda do volante. Meio escondido atrás do volante está o botão que permite alternar entre as várias funções do computador de bordo.
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Alerta de leitor: Via Card classifica e cobra como classe 2, viaturas de Classe 1
Dados mais importantes | |||
Preços desde | 39500 euros (*) | ||
Motores | 1995 cc, 184 cv às 4000 rpm, 383 Nm das 1800 às 3750 rpm. 16 V, common rail, turbo geometria variável, intercooler | ||
Prestações | 194 km/h, 10,1 seg. (0/100 km/h) | ||
Consumos (médio/estrada/cidade) | 6,1 / 5,4 / 7,2 litros | ||
Emissões Poluentes (CO2) | 189 g/km |
DADOS TT:
Ângulo de entrada: 24,2º
Ângulo de saída: 26,9º
Ângulo ventral: 17º
Altura ao solo: 17 cm
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