ENSAIO: Honda Insight 1.3 SOHC i-VTEC
Em primeiro lugar poupa-se a carteira, com os consumos. Depois, com o que economiza em gasolina, poupa-se o ambiente com as emissões. O Insight é, provavelmente, o veículo híbrido mais bem adaptado ao mercado português: oferece a postura de um familiar mas tem o preço de alguns utilitários e, em matéria de custos com o combustível, não gasta mais do que alguns veículos equivalentes equipados com motor a gasóleo. Por causa de tudo isto é o veículo híbrido mais bem sucedido do nosso mercado.
São estas as razões que fazem dele o mais vendido da sua classe. Em parte porque um preço que começa pouco acima dos 20 mil euros ajuda a fazer dele uma opção para quem procura um carro acessível mas com características familiares de espaço e conforto. A outra parte diz respeito aos consumos: durante o ensaio o Insight não precisou de mais do que 4,5 litros por cada 100 kms que percorreu, o que, face à aproximação de preços entre os dois principais combustíveis, atenua bastante as razões de quem defende a opção pelo diesel.
Além destes motivos, o Honda Insight é o exemplo típico de um automóvel que é preciso conduzir para começar a gostar. E à partida tem logo a vantagem de já não ter uma estética tão estranha ou futurística como a que tinham as primeiras gerações deste modelo.
Surpreendentemente versátil
A renovação de que foi alvo este ano manteve intactas muitas das suas características - espaço e conforto que lhe permitem comportar-se como um familiar médio, facilidade de condução de um utilitário e uma suavidade de andamento e consumos ao nível de um motor a gasóleo – introduzindo simplesmente alguns aperfeiçoamentos estéticos e aerodinâmicos que visaram melhorar os consumos e reduzir as emissões para menos de 100g/km.
A mecânica “IMA” conserva o compacto motor a gasolina de 1,3 litros, cuja acção conjunta com uma pequena unidade eléctrica é suficiente para despoletar uma potência total de 98 cv.
Mais significativo é o binário elevado que realiza bastante cedo e que contribui para tornar a sua condução tão suave e, simultaneamente, tão económica.
A probabilidade de conduzir em modo exclusivamente eléctrico é reduzida. Torna-se possível mas revela-se um exercício de paciência que, passada a novidade, deixa de ter piada. Além disso, as baterias não dispõem de autonomia para muitos quilómetros. O mais importante da junção das mecânicas foi, efectivamente, conseguir aumentar o desempenho dinâmico sem sacrificar os índices de consumo e as emissões.
Postura de um familiar
Outros aspectos contribuem para tornar este modelo numa excelente proposta. Já se referiu a relação preço/consumos, sendo ainda de salientar a habitabilidade do banco traseiro ou até mesmo a capacidade da mala, com mais de 400 litros, apesar de ser sob o piso desta que se situam as baterias.
A qualidade dos revestimentos plásticos não impressiona à primeira vista, embora a Honda já nos tenha habituado a preterir o aspecto em prol da durabilidade. Além disso, existem preocupações óbvias de redução de peso e, no segmento do Insight, na verdade, não é de esperar grandes luxos. Apesar disso, este carro tem o essencial em termos de equipamento e de ajudas à condução.
Condução fácil
O Insight é um carro que se deixa dirigir com extrema facilidade, com um desempenho suave da caixa de velocidades automática, mesmo quando colocada no modo “sport”, para um andamento mais dinâmico. Existe ainda uma espécie de “redutora” para alturas de maior esforço.
Oferece ainda a possibilidade de entrar no modo “ECO”, bastando para tal carregar no botão verde à esquerda do volante. Uma pequena planta que surge no painel de bordo indica-nos o facto, restringindo automaticamente os consumos de energia (da climatização) e a impulsividade do condutor sobre o pedal do acelerador.
Se o modo ECO realmente resulta fiquei com dúvidas: após centenas de quilómetros de percursos semelhantes, percorridos com o sistema ligado ou sem o auxílio desta função, o resultado foi sempre o mesmo: uma surpreendente média de 4,5 litros.
Um resultado deveras interessante e que, em termos de custos de manutenção, coloca o Insight numa posição competitiva face ao diesel.
Geração 2012
Para saber em concreto as novidades e o equipamento da geração de 2012 recomenda-se a leitura do TEXTO de apresentação da versão. O funcionamento do sistema IMA – “Integrated Motor Assist” – é explicado, com maior detalhe, no ensaio realizado ao Honda Jazz Híbrido.
O modelo de 2012 não traz grandes novidades no que se refere ao sistema “farmville”, com “crescimento” de plantas no painel de bordo para premiar uma condução mais económica. Quem estiver interessado pode encontrar informação sobre esse assunto e sobre a iluminação em diferentes cores do velocímetro no texto do Honda Jazz Híbrido ou até mesmo no do anterior Honda Insight 1.3 Híbrido.
Procura automóvel novo, usado ou acessórios? Quer saber mais sobre este ou sobre outro veículo?
São estas as razões que fazem dele o mais vendido da sua classe. Em parte porque um preço que começa pouco acima dos 20 mil euros ajuda a fazer dele uma opção para quem procura um carro acessível mas com características familiares de espaço e conforto. A outra parte diz respeito aos consumos: durante o ensaio o Insight não precisou de mais do que 4,5 litros por cada 100 kms que percorreu, o que, face à aproximação de preços entre os dois principais combustíveis, atenua bastante as razões de quem defende a opção pelo diesel.
Além destes motivos, o Honda Insight é o exemplo típico de um automóvel que é preciso conduzir para começar a gostar. E à partida tem logo a vantagem de já não ter uma estética tão estranha ou futurística como a que tinham as primeiras gerações deste modelo.
Surpreendentemente versátil
A renovação de que foi alvo este ano manteve intactas muitas das suas características - espaço e conforto que lhe permitem comportar-se como um familiar médio, facilidade de condução de um utilitário e uma suavidade de andamento e consumos ao nível de um motor a gasóleo – introduzindo simplesmente alguns aperfeiçoamentos estéticos e aerodinâmicos que visaram melhorar os consumos e reduzir as emissões para menos de 100g/km.
A mecânica “IMA” conserva o compacto motor a gasolina de 1,3 litros, cuja acção conjunta com uma pequena unidade eléctrica é suficiente para despoletar uma potência total de 98 cv.
Mais significativo é o binário elevado que realiza bastante cedo e que contribui para tornar a sua condução tão suave e, simultaneamente, tão económica.
A probabilidade de conduzir em modo exclusivamente eléctrico é reduzida. Torna-se possível mas revela-se um exercício de paciência que, passada a novidade, deixa de ter piada. Além disso, as baterias não dispõem de autonomia para muitos quilómetros. O mais importante da junção das mecânicas foi, efectivamente, conseguir aumentar o desempenho dinâmico sem sacrificar os índices de consumo e as emissões.
Postura de um familiar
Outros aspectos contribuem para tornar este modelo numa excelente proposta. Já se referiu a relação preço/consumos, sendo ainda de salientar a habitabilidade do banco traseiro ou até mesmo a capacidade da mala, com mais de 400 litros, apesar de ser sob o piso desta que se situam as baterias.
A qualidade dos revestimentos plásticos não impressiona à primeira vista, embora a Honda já nos tenha habituado a preterir o aspecto em prol da durabilidade. Além disso, existem preocupações óbvias de redução de peso e, no segmento do Insight, na verdade, não é de esperar grandes luxos. Apesar disso, este carro tem o essencial em termos de equipamento e de ajudas à condução.
Condução fácil
O Insight é um carro que se deixa dirigir com extrema facilidade, com um desempenho suave da caixa de velocidades automática, mesmo quando colocada no modo “sport”, para um andamento mais dinâmico. Existe ainda uma espécie de “redutora” para alturas de maior esforço.
Oferece ainda a possibilidade de entrar no modo “ECO”, bastando para tal carregar no botão verde à esquerda do volante. Uma pequena planta que surge no painel de bordo indica-nos o facto, restringindo automaticamente os consumos de energia (da climatização) e a impulsividade do condutor sobre o pedal do acelerador.
Se o modo ECO realmente resulta fiquei com dúvidas: após centenas de quilómetros de percursos semelhantes, percorridos com o sistema ligado ou sem o auxílio desta função, o resultado foi sempre o mesmo: uma surpreendente média de 4,5 litros.
Um resultado deveras interessante e que, em termos de custos de manutenção, coloca o Insight numa posição competitiva face ao diesel.
Geração 2012
Para saber em concreto as novidades e o equipamento da geração de 2012 recomenda-se a leitura do TEXTO de apresentação da versão. O funcionamento do sistema IMA – “Integrated Motor Assist” – é explicado, com maior detalhe, no ensaio realizado ao Honda Jazz Híbrido.
O modelo de 2012 não traz grandes novidades no que se refere ao sistema “farmville”, com “crescimento” de plantas no painel de bordo para premiar uma condução mais económica. Quem estiver interessado pode encontrar informação sobre esse assunto e sobre a iluminação em diferentes cores do velocímetro no texto do Honda Jazz Híbrido ou até mesmo no do anterior Honda Insight 1.3 Híbrido.
Dados mais importantes | |
Preços desde | 20 500 euros |
Motor | 1339 cc cc, 16 V, 98 cv às 5800rpm, 167 Nm das 1000/1500 rpm às 4500 rpm |
Prestações | 182 km/h, 12,4 seg. (0/100 km/h) |
Consumos (médio/estrada/cidade) | 4,1 / 4,0 / 4,3 litros |
Emissões Poluentes (CO2) | 96 a 99 g/km |
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