Nissan Pixo 1.0 VVT
Acima de tudo para quem procura economia e facilidade de condução em cidade. Os dois lugares dianteiros são bons, as cinco portas reforçam-lhe a funcionalidade. Bagageira quase simbólica. Em português o nome soa engraçado e tem uma estética não menos divertida. Não prima por muito equipamento, embora possa dispor dos itens normais de segurança (dois airbags frontais e laterais, de série) e de comodidade (como o ar condicionado manual, opção). Não é exemplar em conforto e até o comportamento reflecte a suspensão curta e o pouco peso do conjunto.
Contudo, é um modelo ideal para pequenos percursos em cidade. Não apenas pela facilidade com que se conduz como pela economia de consumos. Neste último aspecto é mesmo notável e não deve andar longe das médias anunciadas pelo construtor. O que, naturalmente, também favorece o nível de emissões.
Pequeno e prático
Com pouco mais de três metros e meio de comprimento, permite uma boa habitabilidade dianteira para dois adultos. Mesmo que estes tenham estatura um pouco acima da média. O traseiro é regular para o segmento, como é habitual condicionado pelas necessidades de quem se senta na dianteira e com assentos curtos para dar alguma folga às pernas.
Apresenta a vantagem de dispor de cinco portas. Não muito largas e com vidros traseiros que abrem apenas em compasso.
A bagageira, com cerca de 130 litros, oferece espaço suficiente para uma mala, compras de supermercado ou um saco de golfe. Pouco mais. A menos que se rebatam os bancos traseiros e assim sim, é possível dispor de uma área maior: 367 l ao nível dos vidros ou ou 774 de capacidade total. Não impressiona; mas tem pneu suplente, embora fino, ao invés de um mero kit de emergência.
Da Índia para o Mundo
A qualidade de construção e dos materiais alinha pelo habitual entre os modelos citadinos. Construído na Índia pela Suzuki – que o comercializa como Alto -, a Nissan reserva pequenas e felizes alterações estéticas, que o emparceiram com a imagem da restante gama da marca japonesa.
Tem uma boa posição de condução. Ainda que confortável, o banco requer habituação. A visibilidade, favorecida pelas pequenas dimensões e pela ampla superfície vidrada, facilita as manobras. O excelente raio de viragem dá-lhe grande poder de manobra.
É, igualmente, um carro despachado: bastante curtas, as três primeiras relações da caixa de velocidades tornam-no ágil em cidade. Mas quando chega a estrada aberta, começa a esgotar-se a partir do limite máximo permitido por lei, e se ventos contrários ou laterais o afectarem, também não se recomenda mais. Embora, na verdade, o modelo ensaiado não se mostrasse inseguro ou perigoso perante manobras bruscas de direcção. Em parte porque dispunha do "pack safety", que, por mais 650 euros, inclui controlo de estabilidade além de airbags de cortina.
PREÇO, desde 8 800 euros MOTOR, 996 cc, 68 cv às 6000 rpm, 90 Nm às 3400 rpm, 3 cil./12 V CONSUMOS, 5,5/3,8/4,4 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 103 g/km