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ENSAIO: Mercedes-Benz GLK 200CDI BlueEFFICIENCY

É o SUV mais pequeno da marca alemã e também o mais barato. Apesar de custar um pouco imaginar levá-lo por maus caminhos, quando a alternativa é realmente essa, mostra-se capaz de se desenvencilhar da lama com classe. Com a classe de uma estrela. O GLK beneficiou recentemente de uma ligeira renovação que, na essência, não alterou substancialmente o modelo lançado em 2008. Nesta actualização surgiu esta versão 200 CDI que veio torná-lo mais acessível, com preços que começam abaixo do limiar psicológico dos 50 mil euros. Claro que, se lhe acrescentarmos uma série de extras (não é preciso muito, basta começar pela pintura metalizada que custa 772 euros ou dotá-lo com uma caixa automática de 7 velocidades, que consegue ser mais económica do que a manual de seis), esse valor facilmente ultrapassa a conta redonda. Embora tudo isto sejam trocos que pouco importa discutir quando se fala de um Mercedes…
Ao contrário do que vai sendo moda, apesar da estilização das linhas, o GLK é um SUV que mantém o traço característico de um “jipe” tradicional. Ora se isso lhe dá uma aparência clássica, alguma “pátine” intemporal e lhe reforça o prestígio, as dimensões compactas e a esquadria da carroçaria retiram algum espaço ao interior.
Assim, à frente, os ocupantes conseguem viajar com desafogo. Mas no banco traseiro, seja na largura ou no espaço para a colocação das pernas, o GLK fica aquém do esperado. E a parte central do encosto traseiro também não é cómoda para quem se senta nesta posição.
Já a mala – 450 litros – alinha pela média, exibe fundo duplo com caixa impermeável e ainda uma inusitada roda de emergência… vazia! Tudo por uma questão de espaço, dispondo, claro, de um compressor para a encher.

Modernizado q.b.

A cura de rejuvenescimento passou pelas ópticas, com as inevitáveis luzes diurnas em Led, faróis xenón e por um redesenho do pára-choques. Interiormente, a maior alteração nota-se nas versões com caixa de velocidades automática, desaparecendo o típico manipulo entre os bancos dianteiros. Além de libertar espaço, o comando sequencial passa a ser feito apenas através de botões localizados atrás do volante.
Outra grande alteração respeita aos comandos de ventilação, que passaram a ser redondos e com aspecto cromado, reforçando o aspecto clássico e o prestígio da marca.
Foi reforçado o equipamento, passando o GLK a poder dispor de tomadas USB e de um dispositivo de ajuda ao estacionamento, por exemplo.

Competência mecânica

Efectivamente, o Mercedes GLK destaca-se pela imagem que transmite e nisso é ajudado pela enorme estrela que lhe decora a grelha.
Mas também não regateia potencial quando é obrigado a trilhar maus caminhos. Apesar das versões mais acessíveis contarem apenas com tracção traseira (200 CDI e 220 CDI), é perceptível o conhecimento técnico de um construtor que há muito fabrica viaturas de todo-o-terreno (e também camiões) e que, por isso, soube dotar este GLK de competências ao nível do chassis e da suspensão. Quando isso não é suficiente, entram em acção as habituais ajudas electrónicas de tracção e estabilidade.
Uma vez que esta versão se destina a favorecer o preço, ajudado pelos benefícios ambientais, ela surge um pouco mais castrada do que a 220 CDi em termos de desempenho em estrada. O ligeiro decréscimo do valor em binário é contrabalançado pelo facto de este ficar disponível mais cedo e, com ajuda do sistema start/stop, o GLK 200 CDi foi homologado para um consumo combinado de 5,7 litros e 149 g/km de CO2. Na realidade, após o ensaio esse valor ficou mais próximo dos 7,0 litros.
O valor do IUC de 2012 é de 207,60 euros.

Dados mais importantes
Preços desde
48 800 euros
Motor
2143 cc, 4 cil/16 V, 143 cv às 3200rpm, 350 Nm das 1200 às 2800 rpm, common rail, turbo, geometria variável, intercooler
Prestações
195 km/h, 10,3 seg. (0/100 km/h)
Consumos (médio/estrada/cidade)
5,8 a 6,1 / 5,1 a 5,3/ 7,2 a 7,5 litros
Emissões Poluentes (CO2)
149 a 159gr/km

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